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O Novo Ensino Médio e os Itinerários Formativos

No ano de 2017, finalmente é finalizada a construção da nova Base Nacional Comum Curricular e, em 2018, ela dá os primeiros passos para a sua implementação.

Neste documento normativo, se determinam mudanças que impactam toda a formação básica dos estudantes brasileiros e é no Ensino Médio que elas tomam maior proporção. 

Fica então determinado que em 2022 este nível de ensino deverá se adaptar às mudanças que serão desde a carga horária ao desenvolvimento de competências. Este novo modelo tem o propósito de buscar gerar mais interesse e engajamento dos estudantes através do incentivo do Protagonismo Jovem. Em resumo, o Novo Ensino Médio seria dividido em duas partes. A primeira onde todos os alunos e alunas estudam uma parte comum obrigatória de conteúdos dos currículos baseados na BNCC, com um máximo de 1800h durante todo o ciclo e, em uma segunda parte, os estudantes escolheriam um itinerário formativo, que tem determinado um mínimo de 1200h, para seguir com o processo de aprendizado mais direcionado aos seus próprios interesses. Esses itinerários formativos podem ser de aprofundamento em uma ou mais Áreas de Conhecimento, de Unidades Curriculares Eletivas e também de Formação Técnica e/ou Profissional, que podem ser desenvolvidos através de projetos, oficinas, núcleos de estudos, entre outros.  

 

Como orientar os estudantes para a escolha de seus itinerários formativos?

Tanto para escolher, quanto para elaborar os itinerários formativos, é necessário que se façam diagnósticos das necessidades pessoais, sociais e profissionais dos estudantes e também dos recursos e estrutura que a escola dispõe. Essas escolas têm a missão de elaborar seu Projeto Político Pedagógico de acordo com as demandas dos seus alunos e devem escutar os anseios dos jovens estudantes para, desta forma, poder elaborar formatos de aulas, duração, local, modelos de ensino, atividades, áreas que serão abordadas, entre outras propostas. Entender o objetivo desse processo é fundamental para formar uma estrutura que seja adequada para as escolas e seus estudantes. Por esta razão, trabalhar o Projeto de Vida é sumamente importante, já que entender as expectativas desses estudantes é essencial para direcionar a tomada de melhores decisões.

 

Como elaborar um itinerário formativo?

As escolas têm que oferecer o mínimo de 2 (dois) itinerários distintos, para que os seus estudantes tenham opções e dessa forma garantir que, caso queiram mudar de itinerário formativo, eles possam se encaixar em outro percurso sem serem prejudicados. Os itinerários são de:

 Aprofundamento em Áreas de Conhecimento

  • Linguagens e suas tecnologias
  • Matemática e suas tecnologias
  • Ciências da natureza e suas tecnologias
  • Ciências humanas e sociais aplicadas

Formação Técnica e Profissional

  • Qualificação profissional
  • Habilitação profissional técnica de nível médio
  • Formação integrada com áreas de conhecimentos e ensino técnico

Itinerários de Unidades Curriculares Eletivas e Projeto de Vida

  • Identificar necessidades, anseios, objetivos, valores, interesses, metas, entre outros.
  • Incentivar responsabilidades, ética, cidadania, etc.
  • Elaborar conteúdos de interesse dos jovens estudantes.

 

Como as escolas devem trabalhar estes itinerários?

As escolas também devem auxiliar no Projeto de Vida dos alunos já no primeiro ano; podem fazer parcerias com outras escolas, para ampliar o número de opções para os estudantes e também para que eles possam realizar práticas do conteúdo estudado;  incentivar a colaboração entre alunos, professores, famílias e escola; entre outros. 

Contando com essas informações bases, as escolas devem definir as Unidades Curriculares que serão entregues para os alunos e assim poder construir uma proposta clara com objetivos, habilidades, avaliações, etc. 

Além dos itinerários de aprofundamento estarem ligados às áreas de conhecimentos, eles também devem conter um ou mais eixos estruturantes. Estes eixos são:

Capturar

Contar com ferramentas tecnológicas que possam auxiliar na organização desses itinerários é especialmente fundamental, pois este apoio pode ajudar os professores e as escolas a oferecerem atividades de melhor qualidade, gerar conteúdo de interesse para os alunos, monitorar as habilidades desenvolvidas, dar e receber feedbacks, compor e propor estratégias que melhor se encaixam às necessidades e apreciação dos alunos e, assim, dar seguimento para que o aluno possa se desenvolver, atingir metas e melhores resultados. 

 

Referência:

  1. BRASIL, Ministério da Educação. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/publicacoes-para-professores/30000-uncategorised/40361-novo-ensino-medio-duvidas> Acesso em: 17/06/2021
  2. BRASIL, Guia de Implementação do Novo Ensino Médio. Disponível em: <https://implementacaobncc.com.br/wp-content/uploads/2020/02/guia_implementacao_bncc_atualizado_2020.pdf> Acesso em: 17/06/2021
  3. BRASIL, Portaria Nº 13.415. Disponível em: <http://www.normaslegais.com.br/legislacao/Lei-13415-2017.htm> Acesso em: 17/06/2021
  4. BRASIL, Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf> Acesso em: 17/06/2021

 

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